terça-feira, 13 de julho de 2010

Nem tudo o que parece ser, é...


Oi galera, bem... hoje vou postar sobre uma discussão muito recorrente em salas de aula universitárias e "afins", que é a questão de como a mídia de massa "informa" ou impõe padrões a serem seguidos, os quais muitas vezes aceitamos sem nem sequer nos perguntar se o que está sendo imposto é algo que nos faz bem,  se é informativo ou mesmo se não nos agride fisica ou moralmente. Nos acostumamos a receber informações prontas e acabadas e até com "crítica" para que não precisemos gastar o nosso precioso tempo pensando   . Todos os dias milhares de pessoas após chegarem  cansadas de seus trabalhos mecanicistas, sentam automaticamente no sofá para receber seu sanduíche global diário (historinha-jornal-historinha) ou como muitos conhecem por novela das 7 ( que nunca começa as 19h), jornal nacional e novela das 8 ( que também não inicia às 20h porque aqui é Brasil e pontualidade é só na Europa, mas não ouse chegar atrasado no seu trabalho,ok?) para ter distração, cumprir seu "papel social" se chocando com o assassinato da moda ou descobrindo qual o novo lugar que um político vai enfiar o nosso dinheiro; em  malas, meias, cuecas...( ideias surgiram...) e depois nos distrairmos de novo com uma historinha com personagens onde nos reconhecemos, ou não, para jogar todas as frustações e realizações através deles. Será que é assim mesmo?
Com o aumento dos meios de informação ou de entretenimento travestido de informação, as TVs vem apelando cada vez mais com a tática do choque, ganha a atenção quem chocar mais, seja com violência, sexo ou o que for mais oportuno, porém essa desinformação não é só privilégio das TVs, pois a internet também, entre outras coisas, é presença marcante. Apesar de ser um meio riquíssimo de informação a internet é muito mal usada, todos sabem que  não basta algo existir, as pessoas devem saber da sua existência para que determinada coisa seja acessada, mas se o que se divulga popularmente é o que está na mídia televisiva, a  internet  vira apenas mais uma extenção da TV ou uma TV interativa, pois caso você não goste de algo você pode " Xingar muito no twitter"(sem comentários..). 
Redes sociais podem ser uma coisa boa, basta saber usar; pode-se formar foruns, grupos de discussão, comunidades no orkut, msn, facebook, blog, twitter enfim, não há meio melhor para se encurtar distancias, conhecer pessoas com os mesmos objetivos que os seus e ter acesso a informações, cursos que não exista fisicamente em sua cidade,por exemplo, você pode fazer online e muitos grátis até. Mas  ao invés disso essa inclusão digital é feita sem mostrar os seus melhores recursos, o que acaba fazendo com que as pessoas procurem o que já estão habituadas a ver:  sites televisivos, orkut  para comunidades do tipo "Eu Amo" ou   "Eu odeio fulano" e msn para conversas tolas, muitas vezes com pessoas que se veem pessoalmente mas não se falam , sem esquecer dos jogos do brasileirão e dos jogos online para a galerinha virar a noite nas lan houses. 
Não quero dizer com tudo isso, que estamos errados quando tentamos nos distrair mas o problema é quando não conseguimos mais diferenciar o supérfluo do essencial, as informações que recebemos em sua grande maioria é maquiada e tem sempre um propósito o qual se não tivermos esse dissernimento de separar " joio do trigo", acabamos sendo levados por qualquer ordem que surgir e daremos tanto valor ao superficial que não teremos mais tempo para o necessário. 
Eis aqui a nossa importância, gestores da informação, cabe a nós, antes de mais nada, sermos cidadãos críticos para que possamos proporcionar informações relevantes aos nossos usuários, seja em qualquer suporte e independente da área em que atuaremos (ou atuamos), em centros de documentação, bibliotecas, com informática, área juridica ou outros; devemos ter a consciência de que não existe um inimigo declarado, como na ditadura, vivemos uma obscuridade informacional digna do personagem de Kafka, em O Processo, podemos um belo dia sermos acusados de algo que não sabemos  por alguem que não conhecemos, tudo isso, no nosso caso, pelo excesso de informação desinformadora.
 A nossa profissão, ainda mal valorizada, como a dos professores, não nos deixa dúvida de que não interessa aos grandes que educadores e gestores de informação sejam vistos como profissionais de futuro pois isso pode causar uma revolução social e pode ser muito perigoso que a grande massa seja consciente.
Pois é caros amigos, temos em nossas mãos uma grande bomba chamada informação, cabe decidir se vamos deixá-la estourar conosco, jogá-la em alguém ou desativá-la. Tudo depende da ocasião. E se não pudermos mudar o mundo, então que pelo menos mudemos o nosso.

Segue abaixo um vídeo sugerido pelo professor Fernando, falando sobre a ditadura da beleza e como a mídia  ajuda a incutir valores duvidosos, as coisas podem estar sendo mostradas de forma distorcida, bem interessante, vale a pena dar uma olhada:





2 comentários:

  1. Prof. Fernando Reis dos S. Neto, Adm. Esp.14 de julho de 2010 às 08:42

    Olá...
    Acabei de receber o e-mail com o endereço do Biblioblog (gostou do sub-nome????) e adorei o espaço.
    Parabéns pelo texto. Ficou bacana e mostra que vocês estão "fazendo a lição" de minhas matérias (kkkkk).
    Continuem assim.
    Um abraço.

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  2. É isso aí biblioprof, obrigada pelo incentivo e o "sub-nome" é maraa kkkk tudo nessa turma vira biblio mesmo (hehe)

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