segunda-feira, 18 de abril de 2011

Entrevista: Profª. Drª. Valéria Aparecida Bari

Possui graduação em Biblioteconomia e Documentação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (1990), mestrado em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (2002) e doutorado em Ciência da Informação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (2008). Desde outubro de 2009, ocupa o cargo de Coordenadora do Núcleo de Ciência da Informação do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal de Sergipe - NUCI/CCSA/UFS.

Quais as áreas de atuação para o bibliotecário?Onde houver um conjunto de documentos que contenham informação, é adequado para o exercício da profissão.

O que o mercado de trabalho espera do profissional da biblioteconomia?O mercado de trabalho não sabe o que o bibliotecário faz. Nós é que temos que mostrar pra ele o que somos capazes de fazer.

Diante desses dois anos de curso melhoraram as expectativas para os futuros formandos?Melhoraram. O curso foi implantado através do projeto do REUNI, estando de acordo com todos os parâmetros exigidos. A biblioteconomia é uma das graduações mais antigas do país, a terceira do mundo, a primeira das Américas. Quando entrei no curso, pensei que teria uma formação simples, mas depois percebi que é muito complexa. É um funil, onde entram muitos e saem poucos. A profissão é muito difícil, mas não é técnica, é preciso ter erudição; se fosse técnica não precisaria fazer um nível superior. O indivíduo precisa estar preparado para a educação continuada; eu, por exemplo, nada do que eu sei, aprendi na universidade, foi tudo uma busca individual pelo conhecimento.

A senhora estagiou? Em que área?Ai meu Deus! (risos... eu falo) Entre estágios obrigatórios e não-obrigatórios eu estagiei: em biblioteca universitária, biblioteca pública, biblioteca especializada, centro de documentação histórico, centro de documentação gerencial, e também com documentação jurídica, nesta não fui muito sucedida devido problemas de saúde, mas sei como funciona a organização neste ambiente, em se tratando de jurisprudência e outros documentos do tipo. Ah! Quando recém-formada, trabalhei também com a imprensa.

Depois de sua formação a senhora de realizou profissionalmente?Eu me realizei. Não foi a minha primeira escolha profissional; eu fui e sou a bibliotecária que eu gostaria de ter, não a que eu gostaria de ser. Eu nunca pensei em ser bibliotecária. Esta profissão apareceu pra mim no momento que eu estava ingressando no nível superior. Eu queria ser uma cientista na área de ciências exatas. E eu já tinha ajudado a montar diversas bibliotecas, e eu pensava naquilo que eu teria se tivesse um bibliotecário pra me ajudar nas minhas pesquisas. Eu fui essa pessoa aparecia no meu sonho, mas só que não era eu. Foi apenas um sonho, hoje, irrealizável, uma vez que sou umas das melhores bibliotecárias do mundo e não posso jogar fora o investimento que o governo fez em mim. Isso porque sempre estudei em escolas públicas, então...fica no sonho.

Para a senhora, o que é mais importante na vida?Amor

Qual sua comida preferida?Ah! (risos...) Se eu rejeitar, nem o cachorro come. Eu como qualquer coisa, tendo um tempero bom, é comida...eu como. Gosto de comida. Tenho algumas alergias, mas gosto de comer.

O que a senhora mais gosta de fazer nas horas vagas?Eu gosto de ler, então eu passo grande parte desse tempo lendo, assino várias revistas. Leio antes de dormir; quando eu acordo; levo na bolsa, na mala; eu gosto de ler na praia; gosto de viajar, conhecer lugares bonitos, estar perto da natureza, visitar um bom museu; adoro cinema, se eu pudesse todos dias ir ao cinema...

A senhora tem algum credo religioso?Tenho, eu sou espiritualista. Eu fui Católica Apostólica Romana, como se deve ser, até os dez anos. Dos dez anos aos dezoito, eu fui messiana, é uma religião vinda do Japão. E dos dezoito em diante eu decidi ser espiritualista, sempre decidi minha vida muito cedo.


Em nome do CABED agradecemos a professora Valéria pela atenção dispensada.

Rafaela Pereira dos Santos
Vice-presidente do CABED

Entrevista realizada no dia 06/04/2011 às 20:00h no NUCI – Núcleo de Ciência da Informação da Universidade Federal de Sergipe.

Um comentário:

  1. Muito boa a entrevista, precisamos agora fazê-la com um estudante. A profissão de bibliotecário está crescendo cada dia mais e, mesmo assim, muitos ainda não conhecem a nossa profissão. Com isso, precisamos a cada dia divulgar criativamente o nosso curso.
    Até mais....

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